Metro agoniza mas orçamenta 2011

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30 de Novembro. Último dia de Álvaro Maia Seco como presidente da sociedade Metro Mondego (MM). A partir de hoje, a empresa que o Governo mandou fechar vai ser gerida, de forma colegial, por uma equipa que inclui os dois vogais executivos – o ex-vereador da Câmara de Coimbra João Rebelo e o docente em Aveiro Carlos Picado – e os quatro não executivos.

Não obstante, Maia Seco teve ainda a oportunidade de presidir à reunião do conselho de administração, ontem. Uma sessão absolutamente sui generis, quer pelo efeito da notícia da suspensão das empreitadas quer pelo imperativo legal de enviar, ao Ministério das Finanças, a proposta de orçamento da sociedade para 2011.

“A notícia [do DIÁRIO AS BEIRAS] é apenas mais uma pequena má notícia”, admite Maia Seco, que ressalva, contudo, não se tratar de uma novidade.

“Há muito tempo que se sabia que a Refer estava a ajustar as empreitadas”, conta. Daí que, na sua opinião, se trate de uma “medida de gestão acertada e de razoabilidade técnica, face à ausência de diretrizes da tutela”.

Em detalhe, Maia Seco explica que a Refer se limita a anular o que, nas empreitadas, implica materiais caros e vulneráveis, face à iminência da suspensão global.

No que respeita ao orçamento, o até ontem presidente da MM adianta que o conselho de administração aprovou uma proposta em linha com um “cenário de compromisso” com a solução que ele próprio apresentou aos deputados, no Parlamento. O que, trocado em miúdos, quer dizer que é um orçamento para os autocarros especiais circularem no ramal. “Mas, como não há um plano de atividades, apenas pode dizer-se que são os pressupostos de desenvolvimento e calendarização” desse projeto.

Tudo isto, claro, sem que o secretário de Estado dos Transportes abra a boca. “Há mais de meio ano que parece andar a brincar”, desabafa Maia Seco, rematando: “se a decisão política for mesmo suspender definitivamente o metro, e espero que ele, ou alguém mais acima, tenha a coragem de vir assumir, perante Coimbra e os outros concelhos”.

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