Mau tempo para as autarquias!

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500 habitações e mais de 50 edifícios municipais, de comércio, serviços e agrícolas foram afectados pelo tornado, que atingiu os concelhos de Tomar e Ferreira do Zêzere. Estes números, embora provisórios, apontam já para prejuízos que atingirão os 12 milhões de euros. E na Sertã, os prejuízos ascendem a seis milhões de euros.

Na semana passada, o frio e neve que assolaram o interior norte e centro do país custaram às autarquias mais de meio milhão de euros em trabalhos de limpeza e compra de sal.

Estes são prejuízos que se fazem sentir nas autarquias, o peso das más condições climatéricas vêm interferir de uma forma directa no orçamento das gestões municipais. Todos os custos relativos a propriedades municipais, e não só, saem do bolso da autarquia e isso faz mexer – e muito!! – as contas pensadas e, nos tempos difíceis de hoje, rigorosamente planeadas são assim colocadas em causa. Há que dar resposta ao urgente, à catástrofe, às intempéries. E esta prioridade sobrepõe-se a qualquer orçamento, mas torna o trabalho das autarquias ainda mais difícil.

Estes fenómenos são cada vez mais frequentes, no Inverno ou no Verão, e colocam cada vez mais em causa a segurança de bens e pessoas.

Por isso, o rigor da gestão autárquica passa também por uma estreita relação com a Protecção Civil e pela existência de Planos Municipais de Protecção Civil que respondam a cenários de crise, sejam eles do foro meteorológico ou não. A acção concertada entre municípios e Protecção Civil tem como missão planear, coordenar e executar a política de protecção da população, designadamente, na prevenção e na reacção a acidentes graves e catástrofes, de protecção e socorro das populações e de superintendência da actividade dos bombeiros. Mas, localmente, através das autarquias, e regionalmente, através dos Governos Civis, é fundamental existir prevenção, boa coordenação de meios, identificação de locais vulneráveis, etc. Só assim, em caso de necessidade, poderá efectuar-se, em articulação com as equipas de intervenção, um rápido e eficaz auxílio.

E porque está em causa a segurança física dos munícipes e a segurança financeira dos municípios é fundamental que a primeira resposta seja adequada a este tipo de situações de maneira a proteger o melhor possível bens e vidas humanas minimizando custos e prejuízos.

Existem por isso duas palavras de ordem: prevenção e rápida resposta em caso de emergência. Tudo em prol do bem-estar e segurança dos munícipes, bem como em prol da segurança financeira da gestão autárquica.

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