Formas simples para melhorar o mundo

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Só se poderá ser feliz se quem nos rodeia for feliz. Com este sentimento tão simples como verdadeiro, decidi contar duas histórias breves para não enjoar e com critérios para fazer pensar.

1ª – história: Era presidente da A.C.M. – Associação Cristã da Mocidade – e decidi aparecer de surpesa no Campo de Férias de Foz de Arouce, na Lousã, para almoçar, almoço que fazia questão de pagar sempre, para ver a qualidade da comida. Era dia 8 de Agosto e no dia seguinte ia para férias. Estavam lá mais de meia centena de jovens da tutoria de Elvas ou Évora, mais os monitores.

Sentei-me numa mesa do lado de fora e à entrada do refeitório. Só dois me cumprimentam: – uma jovem e bela senhora, que era monitora e professora primária; outro, um jovem dos mais apressados, faladores e irrequietos.

– “Como está, bom dia”.

Respondi: “Boa Tarde”!

Terminada a minha refeição, entro no refeitório e cumprimento todos os que ali se encontravam.

– “Boa tarde”!, digo.

Em coro respondem: “boa tarde”!

– “Vou-vos pôr o seguinte problema! Suponham que havia uma sarrafusca que envolvesse aquela senhora e o jovem que me cumprimentaram, quem é que eu defendia? Quem me cumprimentou!

Vejam como a vida da morte pode separá-las apenas um cumprimento!

Houve unanimidade! Todos perceberam o alcance de uma questão tão simples!

Mas, à segunda pergunta que lhes fiz de seguida e em que procurei saber o que é que queriam ser na vida? Todos eles foram controversos, até ser Presidente da República era o desejo de um deles.

Sentei-me no mesmo sítio, no mesmo local, a aguardar que terminassem a refeição e saíssem.

Todos ao sair passaram por mim, cumprimentaram-me, apertando-me a mão e exclamando, “Venha cá mais vezes para podermos falar consigo”. Não era possível. Partia para férias no dia seguinte.

Mas aqueles jovens partiram deferentes do que chegaram ao Campo de Férias. Oxalá tivessem tido todos oportunidades e as tivessem aproveitado.

2ª história – Fui ao baptizado do neto de um amigo meu, já falecido, amizade que nasceu e se eternizou na Comissão Central da Queima das Fitas, a que pertencíamos.

Durante o baptizado reparei numa menina, teria uns dez anos, a tratar com tanto carinho desvelo, de dois irmãos mais novos.

Evoquei os meninos e meninas do meu tempo, na minha aldeia.

Volto-me para o senhor que estava ao meu lado e admito em voz alta – “ há quanto tempo não vejo numa criança a cuidar tão bem de outras crianças, neste casos, os seus irmãos”.

Levanta-se e pouco tempo depois regressa e diz-me: “É minha neta. Fui-lhe dizer, e ela disse-me que até podia não ser verdade, mas que gostou de ouvir”.

Percebi então, que era um casal desfeito e que os filhos tinham ficado com o pai aos cuidados dos avós.

São duas histórias simples que pretendem mostrar alguns dos valores por que se devia reger a humanidade. E, vejam como uma conversa e um elogio pode alterar e melhorar o mundo.

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