Dentro de poucos anos, quem visitar Coimbra vai deparar-se com uma nova “centralidade evangélica e com um novo conceito de cidade”.
O programa “Rota das Catedrais” será um importante contributo para desenvolver “essa nova experiência” de que falou ontem António Pedro Pita, diretor regional da Cultura do Centro durante a assinatura do protocolo de colaboração entre o Ministério da Cultura (Direção Regional da Cultura) e a Conferência Episcopal Portuguesa para a implementação do programa, que envolve o total das 25 sés catedrais em todo o país.
Na sessão, o secretário de Estado da Cultura, Elísio Sumavielle, lembrou que a rota pretende constituir uma operação integrada de requalificação das catedrais portuguesas, tendo em vista a integração numa dinâmica de projecção cultural (e turística), tanto em termos nacionais como internacionais, “a exemplo, aliás, do que já sucede noutros países”.
A integração da Sé Velha na Rota das Catedrais abre, assim, as portas a apoios comunitários fundamentais para a concretização destas obras. O custo total estimado da intervenção é de 2,6 milhões de euros (acrescidos de IVA) e, embora cerca de 70 por cento da obra seja comparticipada, impõe-se encontrar soluções que garantam o investimento restante.
A recuperação da Sé Velha deverá ser faseada em quatro anos de forma a permitir um acompanhamento cabal dos trabalhos em curso, assim como a distribuição, por este período, dos encargos financeiros.
Entretanto, uma outra obra de recuperação e conservação já iniciada na Sé, – a do claustro gótico – está inserida no Projeto Univer(sc)idade (Candidatura da Alta de Coimbra a Património da Humanidade). As obras já começaram de três meses e deverão estar concluídas dentro de dois anos. Como referiu António Pedro Pita, são dois programas que se cruzam “num gesto culturalmente relevente.”
Na sessão de ontem estiveram também presentes o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, o presidente da Câmara de Coimbra,Carlos Encarnação, e o Monsenhor João Evangelista, pároco da diocese.