Escolas fechadas, câmaras municipais com serviços encerrados, tribunais que funcionam “a meio gás” e hospitais com serviços mínimos, são alguns dos efeitos da greve geral de hoje (24) no distrito da Guarda, segundo fontes sindicais.
Em declarações à Lusa, a dirigente distrital do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), Sofia Monteiro, indicou que na cidade da Guarda, devido à greve de professores e de funcionários, estão fechadas as escolas de Santa Clara, Augusto Gil, Estação, Bonfim, Alfarazes, Sé, Sequeira e S. Miguel.
A responsável também apontou que, no mesmo concelho, não funciona o Centro Escolar de Gonçalo e a escola do 1.º ciclo do ensino básico de Famalicão.
O SPRC indica, ainda, que estão fechadas escolas nos concelhos de Almeida, Meda, Manteigas, Celorico da Beira, Fornos de Algodres e Seia.
“Temos uma boa adesão. Os professores e os funcionários deram uma boa resposta. Muitas escolas estão encerradas e outras estão a funcionar a meio gás”, declarou Sofia Monteiro.
No setor da justiça, segundo Pedro Branquinho, dirigente do Sindicato da Função Pública, nos vários Tribunais da região “estão alguns serviços fechados, estando só assegurados os serviços de turno”.
O dirigente também adiantou que no Parque Arqueológico do Vale do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, “dos 24 funcionários só um foi trabalhar”.
Já na saúde, disse que “nos serviços administrativos da Unidade Local de Saúde da Guarda e do Hospital de Seia regista-se uma adesão de 100 por cento”.
Ainda na saúde, o coordenador distrital do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Honorato Robalo, adiantou que no Hospital Sousa Martins, na Guarda, a greve impediu a realização de seis atos cirúrgicos programados.
Acrescentou que na mesma unidade de saúde, no turno da noite, “oito serviços registaram uma adesão de 100 por cento” e, no turno da manhã, o número de serviços com adesão total de enfermeiros aumentou para dez.
Nas 14 Câmaras do distrito da Guarda, segundo José Catalino do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), a adesão à greve “ultrapassa em muito os 70 por cento”.
De acordo com este dirigente, “há mais de vinte 20 anos que, em algumas Câmaras, não se registava uma adesão tão elevada”, destacando o caso da Guarda, que regista uma adesão de 100 por cento no refeitório, no setor de obras e nos serviços municipalizados e de 95 por cento nos serviços de limpeza.
Os serviços externos das autarquias de Gouveia e de Manteigas estão com uma adesão de 94 e de 96 por cento, respetivamente, disse.
O sindicalista referiu ainda que os funcionários do serviço de recolha de lixo da Câmara de Seia e dos serviços administrativos e técnicos do Município do Sabugal aderiram a 100 por cento.