Os serviços da Segurança Social vão apertar o cerco em 2011 às 47.611 famílias beneficiárias do Rendimento Social de Inserção (RSI). Não será numa perspetiva de corte direto do subsídio, mas deverá ter consequências a este nível.
O que se pretende é “avaliar o impacto da intervenção”, disse ontem Sónia Esperto, do Instituto de Segurança Social, durante o V Encontro da Rede Social de Coimbra que decorreu na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
A responsável afirmou que é necessário recolher os “resultados do investimento feito”, tendo solicitado, para isso, a colaboração do Núcleos Locais de Inserção (NLI), organismos que integram, em cada concelho, elementos de várias instituições. Os pareceres (cada vez mais rigorosos) são remetidos para a estrutura centralizada da Segurança Social especializada no RSI, onde trabalham 1.796 técnicos. “Pretende-se saber aquilo que o RSI muda na vida das pessoas”, sublinhou Sónia Esperto, expressando a sua “preocupação com a qualidade de atuação técnica”.
Este ainda é um instrumento que mantém a subsistência de milhares de famílias, nomeadamente em Coimbra, onde Oliveira Alves é o diretor municipal para as questões sociais. “A pobreza abateu-se de forma violenta sobre todos nós e ninguém se pode excluir, refere o responsável.