Reagindo à entrevista de Trillo e Blanco (ver edição de hoje, 5, do DIÁRIO AS BEIRAS e www.asbeiras.pt), Nuno Maurício adianta que pondera agir judicialmente contra o advogado. E avança que João Ataíde deverá fazer o mesmo.
“Esse senhor deverá ter uma memória um pouco ofuscada, porquanto o processo-crime referente ao Vale do Galante deu entrada na PJ em maio de 2005, quando o atual presidente da Câmara da Figueira da Foz já não estava em funções na diretoria de Coimbra da PJ”, lembra.
O chefe de gabinete de João Ataíde acrescenta: “fui coordenador da respetiva secção até início do ano de 2006, altura em que transitei para Lisboa para dar aulas no Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais e para ser coordenador da formação ministrada aos funcionários da PJ”.
Importa, contudo, referir que o citado processo foi remetido em junho de 2008 ao Ministério Público (MP), com proposta de acusação por parte da PJ, esclarece. E aduz: “no entanto, o MP entendeu não haver elementos para suportar uma acusação contra os arguidos e o processo foi arquivado”.
Esse processo-crime, com o n.º 439/05.5TACBR já é público, pode ser consultado por qualquer pessoa. Por outro lado, continua, “no que respeita aos tribunais administrativos, correram cerca de cinco processos referentes ao Vale do Galante, tendo sido já decididos três, todos eles favoráveis à autarquia”.
Além disso, prossegue Nuno Maurício, “foi dada informação que a Ordem dos Advogados, após queixa do anterior presidente da câmara (Duarte Silva), abriu um processo contra esse sr. advogado, por ter prestado declarações falsas a órgãos de comunicação social”.
E conclui: “só posso compreender as declarações prestadas por esse sr. advogado porque deverá precisar de justificar aos seus clientes os honorários que lhes andou a cobrar durante todos estes anos, tendo perdido todas as ações criminais e administrativas. O sr. presidente da câmara e eu iremos avaliar a possibilidade de avançar com uma ação crime contra esse sr. advogado por difamação”.