Fernando Carvalho
Fátima Ramos
Os presidentes das câmaras da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra levantaram ontem dúvidas sobre a possibilidade do Estado poder extinguir uma sociedade onde dispõe apenas de 58 por cento.
Fernando Carvalho, Fátima Ramos e Carlos Encarnação desconhecem mesmo se tal será possível quando a lei apenas permite a extinção de sociedades comerciais quando é aprovada por 75 por cento dos accionistas.
Como as autarquias detém 42 por cento e não parecem interessadas em que tal aconteça, os presidentes de câmara aproveitaram a audição na Assembleia da República para criticar a postura estatal no processo.
“Vergonhoso”, “revoltante” e “estupefação” foram mesmo as considerações dadas, respetivamente, pelos presidentes da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra. E consideraram mesmo que alguém terá de ser responsabilizado se as obras, já em curso, pararem.
Fátima Ramos pediu mesmo aos deputados presentes na sala para que intercedam junto do Governo para que a obra continue, para que “não se deite para o lixo este dinheiro”.
Horácio Antunes (PS) confirmou que não iria pactuar com o fim da obra, relembrando que o seu faseamento já se deveu a problemas económicos.
Nuno Encarnação e Pedro Saraiva, ambos do PSD, defenderam a realização total da obra – como também já tinha sido defendida pelo presidente Carlos Encarnação-, com Saraiva a apoiar a hipótese da saída do atual secretário de Estado dos Transportes.
Governante que, na sua opinião, “não vibra com o projeto”. José Manuel Pureza (BE) considerou o adiamento do projeto de uma “irracionalidade radical”, enquanto Serpa Oliva (CDS-PP) questionou as razões que levam Sócrates a não gostar de Coimbra.
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