Comboios da Linha da Lousã transformados em autocarros

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O Presidente demissionário da sociedade Metro Mondego revelou ontem o teor da conversa tida com o secretário de Estado dos Transportes e em que o governante lhe apresentou “soluções alternativas” para o transporte das populações de Serpins, Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra. De acordo com Álvaro Maia Seco, Correia da Fonseca falou-lhe “uma vez, julgo que em setembro, de uma hipótese tipo Bus Rapid Transit (BRT)”. “Falou nessa hipótese, mas nunca nos deu indicação para avançar com um estudo”, frisou.

A hipótese tipo BRT é aplicada a um sistema de transporte público de autocarro que tem como objetivo a prestação de serviços de trânsito ferroviário, reduzindo os custos e a flexibilidade de trânsito. A expressão BRT é usada principalmente na América do Norte. Na Europa e na Austrália, é muitas vezes chamada de “busway”.

Álvaro Maia Seco tem “seríssimas dúvidas” que este sistema possa ser implementado na zona onde atualmente decorrem as obras. Desde logo, e como fez questão de esclarecer, pela qualidade do serviço, pois a linha que está em construção permite a circulação dos comboios a uma velocidade de 90 quilómetros/hora. O que, no caso dos citados autocarros, não deverá ser possível de conseguir. “Pode até ser mais barato, mas corre-se o risco de depois não vir a ter procura”, considerou.

Mesmo assim, e porque os sistemas de BRT são variados, o presidente demissionário da Metro Mondego espera que o governante apresente um estudo que justifique a colocação de autocarros de qualidade na extinta Linha da Lousã em detrimento da solução de metropolitano ligeiro de superfície.

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