Coimbra com adesão à greve “idêntica à média nacional”

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Foto de Gonçalo Manuel Martins

O coordenador da União dos Sindicatos de Coimbra (USC), afeta à CGTP-IN, António Moreira, disse que a greve geral neste distrito está a registar “índices de adesão idênticos à média nacional”.

No distrito de Coimbra, esta paralisação “fica marcada por uma adesão muito forte na saúde, na educação e nos transportes”, mas, sublinhou António Moreira, a generalidade dos setores observa níveis de adesão igualmente “muito elevados”, oscilando, em regra, “entre os 70 e os 90 por cento”.

O coordenador da USC falava aos jornalistas, ao final da manhã, na Praça 8 de maio, na Baixa de Coimbra, onde se concentraram elementos do piquete de greve e dirigentes sindicais, para divulgarem dados setoriais da adesão à greve geral no distrito.

A média de adesão nos serviços de saúde ronda os “90 por cento”, sendo que as consultas externas dos hospitais da Universidade, Centro Hospitalar (Covões) e Instituto de Oncologia “estão totalmente encerradas”.

Nos estabelecimentos de ensino, a paralisação de docentes e funcionários fez com que “80 por cento das escolas” do distrito ficassem “encerradas”, afirmam os dirigentes sindicais dos professores.

Na cidade de Coimbra não foi feita qualquer recolha de lixo, pois a adesão dos respetivos trabalhadores atingiu os 100 por cento, à semelhança do que sucedeu no centro de distribuição postal dos CTT de Taveiro.

Os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) registaram uma adesão de 90 por cento, adiantaram dirigentes sindicais do setor.

Nos SMTUC “a área mais afetada foi a dos motoristas”, disse à Lusa o administrador delegado Manuel Oliveira. Ao meio da manhã deveriam circular “cerca de cem viaturas”, mas só estavam em serviço 16, acrescentou.

Nas empresas privadas de transportes rodoviários, a paralisação foi “total” nos concelhos de Mira e Cantanhede.

Em Coimbra, Condeixa-a-Nova, Soure e Tábua, “por exemplo, as autarquias quase paralisaram”, afirmaram dirigentes sindicais da administração local.

Mas os setores de hotelaria (sobretudo nas “áreas da alimentação e das lavandarias”), do comércio automóvel e da cerâmica também registaram “elevados” índices de adesão, disse António Moreira, apontando exemplos como as empresas Salvador e Caetano e a Auto Sueco, em Coimbra, com 80 e 70 por cento de adesão, respetivamente. No caso da Auto Sueco Coimbra, como apurou o DIÁRIO AS BEIRAS, só cerca de 13 colaboradores, num universo de 450, faltaram ao serviço. Fonte da empresa garante que “o dia de trabalho foi normal” e que a percentagem referida pela União de Sindicatos de Coimbra “tem em conta unicamente o universo de trabalhadores sindicalizados”. Por outro lado, os motivos da ausência dos 13 colaboradores da Auto Sueco Coimbra não está, para já, esclarecida, pelo que será “excessivo” considerar que “todas as ausências são justificadas pela greve geral”.

Nos estabelecimentos comerciais da Baixa de Coimbra os efeitos da greve “não se sentiram no seu funcionamento”. No entanto, verifica-se uma “acentuada quebra nas vendas”, disse à Lusa, Armindo Gaspar, presidente da Agência de Promoção da Baixa de Coimbra.

“Os dias de greve são normalmente de poucas vendas”, acrescentou aquele responsável, explicando o fenómeno, designadamente, com o encerramento total ou parcial de escolas, estabelecimentos de saúde e serviços e com a falta de transportes públicos.

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