Centro de Estudos Ibéricos

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A histórica rivalidade entre Portugal e Espanha, e o aforismo que diz, que de lá “nem bom vento, nem bom casamento”, há muito que foi superado, e hoje a parceria entre os dois países é um facto consumado.

As relações culturais e económicas entre os dois Estados são importantes e fundamentais como afirmação de um espaço ibérico no contexto da UE.

Apesar de séculos de convivência sobressaltada, hoje os dois países apresentam-se como parceiros que enfrentam o “novo desenho” Europeu, com um potencial derivado, das suas relações culturais e históricas.

A fronteira hoje já não separa, pelo contrário ela aproxima os dois países. Dentro deste espírito na cidade da Guarda surgiu em 2001 o Centro de Estudos Ibéricos (CEI), que se tem afirmado como um pólo privilegiado de reflexão, estudo e divulgação de temas comuns entre Portugal e Espanha em particular na região raiana.

O CEI nasceu da ideia lançada pelo grande pensador e ensaísta Eduardo Lourenço, nas comemorações dos 800 anos da Guarda, e corporizada pela Câmara. Dentro do espírito daqueles que o conceberam e fundaram, reforça o eixo científico e cultural formado pelas Universidades de Coimbra e Salamanca e Instituto Politécnico da Guarda. No CEI congregam-se vontades, que a partir da Guarda e da sua estratégica posição central, facilita o diálogo ibérico, esbatendo fronteiras, cooperando e difundindo conteúdos e saberes transversais a todo o espaço ibérico. O CEI tem o patrocínio de um lado e de outro, de duas das mais antigas e prestigiadas universidades da Europa, a de Coimbra e a de Salamanca, reforçando a centralidade da Guarda no espaço ibérico e competindo-lhe valorizar a todos os níveis este espaço raiano.

A cultura, os saberes, e um património ancestral e genuíno são riquezas de toda uma região transfronteiriça, que serão também determinantes para a sua sobrevivência.

O Centro de Estudos Ibéricos instituiu o Prémio Eduardo Lourenço destinado a personalidades ou instituições de língua Portuguesa ou Espanhola que tenham sido relevantes e inovadores no âmbito da cooperação, da identidade e da cultura das comunidades ibéricas.

Este ano o júri, decidiu atribuir o prémio a César António Molina, escritor espanhol, pelo papel que desempenha nas suas actividades literárias e culturais dentro do espírito ibérico do prémio.

No próximo dia 26 de Novembro, será entregue em sessão solene integrada nas comemorações do X aniversário do CEI o prémio a António Molina.

Complementa-se assim a vocação atlântica de Portugal, com o universo cultural ibérico na forma de cooperar, mas também de afirmar uma identidade, numa relação mútua de partilha.

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