A Aldeia de Póvoa Dão, em Silgueiros, Viseu, foi um dos complexos turísticos visitados na região por agentes económicos do Canadá. Incluindo jornalistas, a delegação pretendeu conhecer a terra de origem de um dos vinhos de Região Demarcada de Portugal que é consumido no norte do continente americano.
De acordo com os últimos dados, os vinhos representam seis por cento das exportaçãões portuguesas. É uma boa quota de mercado, que os vinhos do Dão querem alargar.
A visita dos importadores canadianos demorou três dias, num programa intenso, de que fizeram parte as quintas de produção FTP Vinhos, Casa da Ínsua, Casa de Mouraz, Dão Sul (Global Wines), Quinta do Cerrado, Quinta de Lemos, Quinta da Nespereira e Quinta do Perdigão, para além, da aldeia turística já referida.
A ação decorreu no âmbito do projeto de “promoção de vinhos portugueses em mercados de países terceiros”, um projeto estratégico de promoção externa, ao qual a Comissão Vitivinícola Regional (CVRD) do Dão se candidatou.
“Uma das melhores formas de darmos a conhecer a qualidade e valorizarmos o negócio dos Vinhos do Dão passa por trazer à região influentes jornalistas e importadores internacionais”, considera Arlindo Cunha, antigo ministro e atual presidente da CVRD.
Os Vinhos do Dão, que têm sido elogiados por líderes de opinião dos quatro cantos do mundo, têm de ganhar “nichos de mercado que contribuam para um aumento de visibilidade externa e, sobretudo, se traduzam num acréscimo de vendas”, refere o dirigente.
Ainda no início deste mês, Arlindo Cunha disse, na tomada de posse para o seu primeiro mandato, que “existe uma dessincronia entre a evolução da qualidade do vinho do Dão e a sua quota de mercado, que tem perdido face ao Douro, Alentejo, Verde ou Terras do sado”.
Numa região onde existem 20 mil hectares e são produzidos 50 milhões de litros por ano, o presidente da CVRD considerou que “é intrigante confrontar esta tendência do mercado com a universalmente reconhecida melhoria da qualidade que os vinhos têm vindo a experimentar, especialmente desde a década de 1990”. Para isso é necessário que o Governo volte a apostar no Centro de estudos Vitivinicolas de Nelas.