O Bloco de Esquerda (BE) da Lousã exigiu hoje (2) ao Governo que, “com metro ou com comboio, a ligação ferroviária a Coimbra deve ser retomada dentro dos prazos” e exortou as autarquias a “defender inequivocamente” os interesses locais.
“Cabe ao Governo, através da REFER (Rede Ferroviária Nacional), realizar as obras já contratualizadas e as restantes, sem suspensões nem adiamentos. Com metro ou com comboio, a ligação ferroviária a Coimbra deve ser retomada dentro dos prazos”, reivindica o Bloco em comunicado, defendendo que “a compra de material circulante pela CP também não pode ser atirada para as calendas”.
A proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2011 prevê a extinção da sociedade Metro Mondego, criada para concretizar o projeto do metro ligeiro de superfície no Ramal da Lousã, e a sua integração na REFER a fim de salvaguardar “a promoção do seu objeto social”.
“O Ramal da Lousã deve ser defendido com todas as nossas forças. As autarquias devem, desta vez, defender inequivocamente os interesses locais, pondo de lado as camisolas partidárias e as carreiras pessoais”, vinca o BE.
Também o Movimento Cívico da Lousã e Miranda do Corvo divulgou hoje um comunicado em que defende que “se o Governo considera que a empresa Metro Mondego deve ser extinta para evitar desperdícios então deve canalizar a poupança para assegurar a concretização do investimento no Sistema de Mobilidade do Mondego, frisando ser “fundamental garantir a concretização da ligação Serpins – Estação Velha”.
Os trabalhos no ramal começaram no início do ano com o levantamento dos carris, estando os utentes a ser transportados de autocarro entre os três concelhos.
“A extinção da Metro Mondego em nada vem alterar o grave processo de desresponsabilização do Estado e dos sucessivos governos face ao Ramal da Lousã nos últimos 16 anos (desde [Cavaco] Cavaco a [José] Sócrates, passando por [António] Guterres, Durão [Barroso] e Santana [Lopes])”, frisa, por seu turno, o BE.
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