Um Elvis dos tempos modernos

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Foto de Vânia Furet

Nelson Rodrigues Carreira parece ter sido teletransportado numa máquina do tempo, diretamente dos anos 50 para a atualidade. O seu visual e a forma de estar espelham a geração do rock´n´roll. Natural de Luanda, Angola, veio para Portugal com seis anos. Pouco depois partiu para França, onde viveu durante um quarto de século. Atualmente, com 49 anos, é auxiliar de palco no Casino Figueira, na Figueira da Foz, onde se fixou há 16 anos.

Aos 11 anos, ouvia às escondidas os discos que o irmão fechava a sete chaves para que ele não os estragasse. E a música que viria a influenciar estilos de vida, moda, atitudes e linguagens, ditou, a partir daí, toda a sua vida. Nelson Carrera, nome artístico que adotou no país onde esteve emigrado, considera-se um autodidata.

Aos 16 anos, já escrevia e compunha canções. Com dois vinis (1983 1987) e dois CD´s gravados (2001 e 2005), para além da participação em cinco coletâneas, apresentou o seu mais recente álbum no Casino Figueira, na passada semana. Com 11 temas, sete covers e quatro originais, “Boogeyman Boogie” foi gravado no Porto, com os “Dixie Boys”.

Com influências como Johnny Carroll, Jene Vincent ou Carl Perkins, Nelson Carrera considera a sua música “um hino à vida, que convida as pessoas a divertirem-se”. Com os ritmos do rock´n´roll, rockabilly e country western, as letras falam, como não podia deixar de ser, de carros, música, festas e dança.

Revivalismo? Sim, certamente. Mas os anos 50 são o ar que respira, afiança. “O que eu faço é, mais ou menos, o que fazem certos ranchos que procuram trajes da época. A nossa diferença é que, quando acaba a atuação, eu vou com eles para casa”. O próximo álbum de originais, também com os “Dixie Boys”, sai em 2011. Em dezembro, estará disponível um vinil de 10 títulos, um “best of” dos seus melhores temas inéditos.

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