“Pela primeira vez a programação do CAE deu lucro”

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ENTREVISTA

Coreógrafo e bailarino da Vórtice.Dance, companhia de dança residente do Centro de Artes e Espetáculos (CAE), que codirige, o figueirense Rafael Carriço é diretor artístico do equipamento municipal. Em apenas nove meses, cometeu a proeza de pôr a programação a dar lucro.

Sendo artista, como sentiu a pressão político-partidária no processo da sua contratação?

Eu sou um artista, não sou político. Acho que a cultura é incolor.

Não o afetou, não abalou a companhia de dança?

Abala sempre… Foram dois meses de espera e de incertezas.

Que balanço faz dos cerca de nove meses de atividade?

Os primeiros seis meses foram de adaptação e de muitas mudanças. Houve muitos processos burocráticos para tratar. Entretanto, fizemos cortes drásticos no orçamento e na despesa. Pela primeira vez, a programação deu lucro. Ou seja, a câmara recebeu dinheiro do CAE.

O número de espetáculos também foi reduzido?

No primeiro trimestre houve menos, mas no segundo aumentou. O terceiro está a aproximar-se da média dos últimos anos. E o público aumentou.

De que forma está a conseguir resultados financeiros positivos?

Compramos menos, negociamos melhor e optámos por uma estratégia de marketing mais eficaz. Neste momento, os bilhetes para os espetáculos custam cinco euros. Ou seja, ficam mais baratos do que ir ao cinema.

É o CAE que vai receber o regresso do Festival Internacional de Cinema?

Isso está a ser pensado.

Como está a agenda de congressos?

Estou a preparar 2011. Já temos agendados vários congressos.

As exposições na sala principal do CAE continuam a ser caras?

Decidimos não pagar pelas exposições e não cobrar entradas aos visitantes.

A Vórtice.Dance tem tido trabalho?

Sim. Estamos a preparar uma nova digressão (pelos país e pelo estrangeiro) e no dia 27 de novembro fazemos um espetáculo de solidariedade no CAE. No próximo mês de agosto, o CAE recebe o “Festival Dance Festival”, um festival europeu de dança que vai dar projeção internacional à Figueira da Foz. (…) Queria aproveitar para esclarecer que a Vórtice.Dance não representa encargos para a autarquia. Pelo contrário, a câmara recebe 30 por cento da bilheteira dos nossos espetáculos.

Quantos alunos tem a academia de dança que criou no CAE?

Cerca de uma centena. A maioria é da Figueira, mas também temos alunos de Coimbra e outras localidades da região. Ainda não temos capacidade para proporcionar o transporte, para facilitar a vida aos pais e podermos começar as aulas mais cedo, mas vamos tentar resolver essa pecha. No verão do próximo ano, os alunos vão fazer o seu primeiro espetáculo, no CAE.

Que é feito da Associação dos Amigos do CAE?

Neste momento está parada, ou seja, não contamos com ela. Esse é um assunto que está a ser analisado, para decidirmos que tipo de colaboração poderá vir a prestar.

Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra em www.asbeiras.pt e no programa “Clube Privado” da Foz do Mondego Rádio (99.1FM), às 19H00 de sexta e sábado e às 22H00 de domingo.

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