Fundação de Portugal – Tratado de Zamora, 4 e 5 de Outubro de 1143 – 867.º aniversário.
Parece que, finalmente, se calaram as questões relacionadas com o caso do selec(c)ionador nacional e se começam a discutir – mal ou bem – coisas que interessam a um País económica, financeira, social e eticamente muito débil. Alérgico como sou a economia e finanças, os comentários que faço apenas destacam o aumento da pobreza e da exclusão social, o perigo em que estão as poupanças “aplicadas” dos remediados, tendo como contrapartida o enriquecimento ilícito, em grande parte devido à corrupção que grassa devoradoramente, à impossibilidade dos gestores das grandes empresas públicas – nossas, salvo seja – que se garantem as múltiplas remunerações que auferem, como as dos próprios Governantes e da “nomenk(c)latura que gere (geria) a Função Pública.
No entanto, a própria crise tem um escudo invisível a desviar as atenções, um escudo que custa dezenas de milhões aos Portugueses: a efeméride das Comemorações do Centenário da(s) República(s). Por esse evento – embora feito à custa de inúmeras vítimas, perseguições, agressões ideológicas, à revelia do Povo Português que, até hoje nunca foi ouvido e o cala a anti-democrática al. b) do art.º 288º da CRP, que nos impõe “a forma republicana de governo” coisa que, aliás não existe pois República é um regime – felicito os verdadeiros Republicanos, os tolerantes, os que respeitam o adversário e para os quais esse regime é um IDEAL e não uma ideologia importada e imposta; não aqueles que desrespeitando uma Instituição – que agora se chama Assembleia da República – gritavam e bradavam insultos ao próprio Chefe do Estado, o Rei, nas Côrtes Portuguesas. Não aqueles que ainda hoje se servem da palavra e da escrita e do poder, para dirigir insultos baixos e soezes a figuras que, para além de serem merecedoras de respeito, representam todos aqueles Portugueses que ao longo dos 867 anos que passam no dia 5 de Outubro, último dia do Tratado de Zamora, foram Portugal. Que é um dos poucos países que não celebra o Dia da Fundação. Talvez para não aumentar ainda mais o deficit público, cuja Chefia do Estado é mais onerosa do que em todas as Monarquias da Europa a começar pela vizinha Espanha. A propósito e na sequência de uma notícia de há dias em que se referia a necessidade de Rainha Isabel II ter solicitado um apoio, de uma entidade particular, para conseguir pagar a electricidade gasta em Buckingam (2004), repito: as despesas da Família Real Britânica não são pagas pelo erário do Reino Unido mas sim pela fortuna da Dinastia de Hannover (que mudou o nome para Windsor na II Guerra Mundial) que um dos seus primeiros Reis confiou ao Parlamento Britânico com a condição dela retirar o necessário para o pagamento da Família Real. E ainda cresceu muito!
Bento XVI no Reino Unido – o êxito estrondoso da sua visita não foi de qualquer modo apagado pela raiva de uma mini – minoria de manifestantes fanaticamente “protestantes”; daqueles que, como o afirmaram há algum tempo em entrevista os 4 ou 5 dos representantes das Igrejas Protestantes na Região, afirmaram, mais uma vez, que os Católicos “adoram estátuas” e Santos! Para pessoas que se assumem como responsáveis, tais afirmações, entre outras, não podem ser proferidas por ignorância: imagens, ou pinturas, não são estátuas e os Católicos só adoram Deus e veneram Santos e também respeitamos e queremos ter as imagens dos Seres que nos foram (são) queridos. Má – fé de quem sabe mas distorce.