Eu estive. U2?

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Há momentos que valem décadas. Mesmo em Coimbra, cidade de muito quem desdenhe e pouco quem faça, há momentos únicos que  ninguém consegue justificar por que não esteve lá.
Há momentos que só a música consegue universalizar. Mas o espetáculo, em si, não é tudo. A envolvente social, a mobilização da cidade, a afluência de gente de todo o país e de todo o mundo, a atenção reiterada dos media. Até a inveja mal disfarçada de gente de fora e de pequenas cidades vizinhas e de grandes cidades capitais.
Foi assim, em 2003, na inauguração do estádio, com o concerto de Rolling Stones. Foi, assim, em múltiplas noites do parque da Queima das Fitas, desde Caetano Veloso a Xutos, desde Daniela Mercury aos Pogues.
Este fim-de-semana foi mais um desses momentos mágicos, em Coimbra. Não há que escondê-lo. Nem há que relativizá-lo com minudências serôdias.
Sábado e domingo, Coimbra foi o centro (im)provável de todo o planeta U2. E também de Portugal, país deprimido, revoltado mesmo, dois dias depois de Sócrates ter anunciado o que há pelo menos oito meses devia ter feito.
Não me custa, por tudo isto, reconhecer o incontornável valor acrescentado do esforço, até financeiro, associado  aos concertos. A cidade e a sua região envolvente bem merecem um estímulo extra como este.

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