D. Carlos Azevedo deverá ser o bispo de Coimbra

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O bispo auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, é o nome mais falado para substituir D. Albino Cleto como bispo de Coimbra.

Questionado ontem pelo DIÁRIO AS BEIRAS sobre esta possibilidade, D. Carlos Azevedo respondeu que ainda é prematuro falar sobre o assunto admitindo, contudo, que se for essa a determinação do Santo Padre, “as pessoas são obedientes” no cumprimento da sua missão.

De resto, “tudo o que for dito agora não passa de meros considerandos” referiu aquele que é também secretário da Conferência Episcopal Portuguesa. Por outro lado, admitiu que, atendendo a que já exerce o cargo de bispo auxiliar há cinco anos e oito meses, é natural que o seu nome seja falado no âmbito do processo de substituição dos dois bispos diocesanos que dirigiram a Bento XVI o seu pedido de resignação, por terem atingido o limite de idade. São os casos das dioceses de Coimbra e Bragança/Miranda.

A vocação intelectual de D. Carlos Azevedo, aliás na linha do próprio Papa Bento XVI, e o seu interesse pelos assuntos do ensino e da cultura (presidente da Associação Portuguesa de Museus da Igreja, docente da Universidade Católica e vogal da Comissão Episcopal para os Bens Culturais e Comunicações Sociais) indicia a sua maior inclinação para assumir a Diocese de Coimbra.

Por outro lado, caso o seu destino não fique traçado no imediato, poderá ter uma palavra a dizer a médio prazo, atendendo a que se avizinha um outro processo de substituição, mais complexo, que será despoletado no próximo ano com o pedido de resignação do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, também por limite de idade.

Perante este cenário, pode dizer-se que “a procissão ainda vai no adro”, mas D. Carlos Azevedo faz parte do lote de três bispos, indicados pelos seus pares ao núncio apostólico em Portugal, D. Rino Passigato, para assumir a Diocese de Coimbra. O processo deverá seguir ainda este mês para Roma, onde será apreciado pela Congregação dos Bispos. Como este organismo de topo da Igreja só se reúne uma vez por semana e apenas decide quatro processos de nomeação de bispos de todo o mundo em cada encontro, antes de fevereiro não deverá surgir fumo branco.

Já em 2008 as palavras de D. Carlos Azevedo ficaram gravadas em Coimbra quando foi convidado para as celebrações da Rainha Santa. Na altura, de acordo com o “Correio de Coimbra”, disse que os sinais dos tempos são notórios, “a insegurança e a desordem no mundo estão a crescer, apontam-se caminhos sem Deus”. “Quanto mais políticos parvos houver que queiram acabar com a religião, mais ela arrebenta”, exclamou. Para o orador, o cristianismo está muito “light”, pouco exigente e cómodo.

Nascido na Feira em 1953, D. Carlos Azevedo estudou no seminário do Porto e doutorou-se em 1986 pela Faculdade de História Eclesiástica da Universidade Gregoriana, em Roma. Foi o coordenador-geral da visita de Bento XVI a Portugal em maio último.

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