A primeira pedra, colocada junto à entrada principal do edifício, é o exemplo do “caminho longo e penoso” da nova paróquia de Nossa Senhora de Lurdes. A opinião é de D. Albino Cleto, bispo de Coimbra que a 7 de Dezembro de 2002 “procedeu à benção solene da pedra que ficará a perpetuar o início da construção da nova igreja”.
De então para cá, como fez questão de recordar ao DIÁRIO AS BEIRAS, a obra avançou e ficou “quase” pronta em 2006, altura em que problemas de pagamento ao empreiteiro e questões não resolvidas com a autarquia levaram a que, só quatro anos depois, os fiéis pudessem conhecer de perto a mais nova igreja da cidade de Coimbra.
E, apesar da satisfação, D. Albino Cleto não gostou de alguns aspetos do edifício. Por exemplo, “temos de tentar melhorar algumas funções como a da presidência, do ambão (lugar da leitura) e da sacristia”. Aspetos positivos passam pelo átrio exterior, “que me parece muito bem concebido”, salas de catequese, de reuniões e para os velórios. “O projeto está bem concebido para os serviços, mas precisa de ser melhorado na zona litúrgica”, referiu.
O bispo não esqueceu de elogiar na cerimónia os papéis fundamentais que tiveram em todo o projeto aqueles que eram a sua alma: “padre Jaime e o engenheiro Jorge Anjinho”. O seu falecimento, quase em simultâneo, levou a que a obra tivesse ficado “como que orfã”, já que foram várias as comissões que tiveram de acompanhar um projeto “que não conheciam bem”. “Não conseguiram articular bem a tarefa que competia a cada uma delas”, disse.
Dos trabalhos a mais resultaram o aumento do custo total da obra, com o preço a atingir “quase o dobro do inicialmente previsto”. Valores que não atemorizam D. Albino, pois a ajuda de Deus permitiu sempre vencer “todas as dificuldades”.