Entrevista a Daniel Santos : “Estamos disponíveis para negociar o orçamento”

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Daniel Santos foi “vice” de Santana Lopes e presidente da Assembleia Municipal no primeiro mandato de Duarte Silva. Desiludido com o partido, abandonou o PSD, quatro anos depois de se ter filiado, não o impedindo, contudo, de coordenar o Conselho de Opinião “laranja” local. Nas últimas autárquicas, candidatou-se pela Figueira 100%. Hoje, é um dos dois vereadores do movimento independente.

Que razões o levaram a desvincular-se do PSD?

Decidi abandonar o PSD porque me apercebi que a prática não batia com a teoria e com os estatutos. E coincidiu isto com uma série de problemas que surgiram no seio do PSD da Figueira, que culminaram com o arrombamento de portas e no impedimento de entrada de militantes (nas instalações do partido).

Há quem diga que saiu porque já tinha em mente liderar um projeto autárquico como independente.

Nunca me tinha passado pela cabeça vir a ser candidato a presidente da Câmara da Figueira da Foz. Nem pelo PSD, nem pelo PS, nem por um movimento independente.

Então, quem o convenceu a candidatar-se?

Cheguei à conclusão que o desempenho da câmara estava a ser altamente negativo e portanto era preciso fazer alguma coisa. Várias pessoas (do PS e do PSD) vieram falar comigo. Não porque – julgo eu – entendessem que reunia as características para ser presidente da câmara, mas que poderia ser o rosto de uma candidatura.

Estava à espera que Duarte Silva o convidasse para se recandidatar com ele ao segundo mandato?

Soube pelo eng. Duarte Silva que não fazia parte das listas no dia anterior à sua divulgação. Ainda bem que não fui convidado, porque não me iria rever na forma como as coisas correram.

Sente-se corresponsável pela herança financeira que o PSD deixou à câmara?

Assumo toda a responsabilidade do mandado de que fiz parte. Porém, os resultados desse mandato foram completamente diferentes dos (dois) mandatos seguintes. A ideia que eu tenho é que o passivo da câmara no final do nosso mandato era de 15 milhões de euros e quando o segundo mandato de Duarte Silva terminou era de 90 milhões de euros.

Na câmara, a Figueira 100% é o “fiel da balança”. Vai viabilizar o Orçamento e o Plano de Saneamento Financeiro (PSF) da maioria relativa do PS?

Estamos a refletir sobre essa matéria. O PSF implica ir à banca pedir 30 milhões de euros. Há que tentar evitar que, com a nossa anuência, possa comprometer-se o futuro da Figueira. É necessário que sejam revistas algumas promessas (eleitorais do PS) que podem determinar que os valores sejam daquela natureza. (Mas) estamos sempre disponíveis para negociar.

 

Que futuro político vaticina para a Figueira 100%?

Neste momento, mantém a posição de vir a assumir-se, caso entenda necessário, como fez nas últimas eleições. Ou seja, poderá recandidatar-se nas próximas eleições autárquicas.

 

E se Santana Lopes for candidato?

Nesse cenário, seja quem for o candidato do PS ou do PSD, a Associação Figueira 100% apresentará o seu candidato. Se tiver que ser eu, lá estarei.

Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra em www.asbeiras.pt e no programa “Clube Privado” da Foz do Mondego Rádio (99.1FM), às 19H00 de sexta e sábado e às 22H00 de domingo.

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