Mais preocupante do que as medidas de austeridade do Governo, que incluem o congelamento de grandes obras públicas, é a “descontinuidade de estratégias”. Quem o afirma é Carlos Matias Ramos.
O bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE) lembra que a construção garante 12 por cento dos postos de trabalho, em Portugal. Por isso, receia que o congelamento de grandes projetos públicos afetem a economia e contribuam para o aumento do desemprego.
Acerca da “constante mudança de estratégias (nas obras públicas)”, Carlos Matias Ramos acrescenta que as empresas saem prejudicadas, na medida em que “as expectativas são defraudadas”.
Carlos Matias Ramos defende uma aposta estratégica e contínua na produção de energia. Incluindo a nuclear? “Não digo que sim nem que não, mas defendo que a sociedade deve discutir todos os assunto à exaustão”, advogou.
O bastonário falava ao DIÁRIO AS BEIRAS à margem das “Jornadas de Prevenção e Gestão de Catástrofes Naturais”, realizadas hoje pela OE na Figueira da Foz (ver mais na edição de amanhã, sexta).