O reforço da vertente de internacionalização da Bluepharma, com sede em São Martinho do Bispo, Coimbra, nota-se logo em coisas tão simples, como a própria filosofia de comunicação: o site online está escrito apenas em inglês na parte que diz respeito à “mission & ethics”, “bussiness” e “reserch & development”.
Por outro lado, o idioma nacional é utilizado no mesmo site, mas para explicar o que são genéricos e descrever o percurso da empresa desde Fevereiro de 2001.
A Comissão de Qualidade e Segurança dos Hospitais da Universidade de Coimbra não hesitou em convidar a directora técnica da Qualidade da Bluepharma para explicar, esta semana, quais são as práticas da empresa no sector, sendo um exemplo a seguir.
Na ocasião, Teresa Murta, confidenciou que a mais importante unidade de fabricação de medicamentos da região “está a produzir dez vezes mais do que quando era Bayer”, há nove anos atrás.
Após um período de transição, em que ainda manteve a produção para a multinacional alemã, a empresa de capitais portugueses passou a desenvolver e fabricar os seus próprios medicamentos enquanto triplicava o número de colaboradores, de 58 (em 2001) para 180 (em 2010).
Avançando para mercados estrangeiros, a empresa não renega, contudo, a origens locais, como fica claro na sua apresentação internacional, onde se pode ler que “Coimbra é um centro científico reconhecido em todo o mundo, que é um factor-chave para o desenvolvimento da empresa”.
Determinante é também o facto das instalações laboratoriais e fabris terem sido reconhecidas pela Food and Drugs Administration (FDA), instituição do governo americano responsável pela protecção da saúde pública, missão assegurada mediante a regulação dos medicamentos.