O ilusionista português Luís de Matos vai iniciar dentro de uma semana um novo ciclo de programas de magia na televisão espanhola, na TV Galicia, revelou o próprio à agência Lusa.
“Estamos já há seis anos. Vamos começar a nossa sexta temporada, semanalmente em direto na Television da Galicia, no programa Luar”, acrescentou.
Luís de Matos, que falava à agência Lusa após o encerramento da 14.ª edição dos Encontros Mágicos de Coimbra, no domingo, recordou que tudo começou com um contrato de 13 semanas, de seguida renovadas, e posteriormente passou para contratos anuais.
O mágico revelou estar também a preparar um espetáculo que vai estrear no segundo trimestre do próximo ano.
“Vamos estando disponíveis para desafios, que é o lado mais interessante”, confessa, frisando que isso se deve ao facto de a sua equipa pertencer “ao grupo de pessoas cada vez mais restrito que fazem o que gostam, e sempre com o espírito muito aberto”.
Isso permite materializar ideias “menos convencionais”, como utilizar a arte da ilusão a inaugurar estádios, “a fazer lançamentos de produtos, e a imaginar teatros móveis que levam a magia a todo o país”, salientou.
“É só porque estamos constantemente predispostos a inovar. Por isso temos um ano cheio desses pequenos rebuçados, o que faz com que a equipa nunca se aborreça”, observa.
Um desses desafios foi recentemente concretizado no primeiro congresso mundial de magia, com 33 dos mais importantes mágicos internacionais, realizado no concelho de Ansião, no “Portugal profundo”, e transmitido em direto, em alta definição, para 42 países.
A semana passada, em Coimbra, Luís de Matos, recebeu mais uma grande distinção internacional, o “Merlin Award”, (“Illusionist of the Decade”) para o melhor mágico da década, atribuído pela International Magicians Society (IMS), pelos trabalhos que desenvolveu entre 2000 e 2010.
A sua primeira distinção pela International Magicians Society, com um “Merlin Award”, aconteceu em 1998, na categoria de close-up, em resultado do espetáculo então escrito, dirigido e protagonizado para a Expo98.
“Todos nós gostamos de receber prémios. Relembram-nos que o que fizemos até ontem foi muito bom, e o objetivo da minha equipa é garantir que o que vamos fazer amanhã vai ser muito bom”, confessou.
No entanto, realçou, “além do prazer que proporciona”, tem “uma virtude enorme – fez-nos olhar para os últimos dez anos, de que já não nos lembrávamos do que tínhamos defeito”.
Nesses dez anos – recordou – a sua equipa fez um espetáculo de arena para 12 mil pessoas, inaugurou de um estádio para 52 mil, entrou para o “Guinness Book”, dos recordes, e fez duas tournées ibéricas, entre outros projectos.