Não é ponto de passagem para quem circula nos grandes eixos rodoviários do país, mas fica a escassa meia dúzia de quilómetros do troço do IC3 entre Penela e Avelar.
De fácil acesso, a vila do Espinhal assume-se como sede da “feira do mel com maior notoriedade na região”, não hesita em dizer o presidente da câmara, Paulo Júlio.
Mel e história
Este ano, na sua XXI edição, apresenta como motivo adicional de interesse a conclusão da obra de requalificação do centro histórico, que terá honras de inauguração às 12H30 de domingo, depois de amanhã. Aliás, embora o certame tenha uma duração de três dias, só no domingo é que funciona a feira do mel, sobrando para os restantes dias (hoje e amanhã) um programa de convívio e música, com uma praça de tasquinhas e concertos nocturnos no palco das festas.
O presidente do município congratula-se com a decisão dos organizadores, tomada logo nos primeiros anos do certame, de apenas aceitarem apicultores com mel certificado, o que elevou a fasquia de qualidade do produto e conferiu um selo de confiança à iniciativa.
Hotel, centro de bem-estar e aldeias turísticas
Por outro lado, Paulo Júlio acredita que este tipo de iniciativas “tem um papel muito importante na estratégia de divulgação do território como um todo”, funcionando como factor de atracção para visitantes e de fixação das populações. É que, se a vila do Espinhal já teve quatro mil habitantes há um século, agora conta com apenas um milhar de residentes, e é preciso fazer um grande esforço para travar a desertificação.
Na área do turismo, estão a avançar três projectos, dois deles em construção: O Centro de Bem-Estar da Associação Portuguesa de Medicina Preventiva, a nascer no designado edifício do dr. Bacalhau (com 25 quartos, fisoterapia e hidroterapia), e o projecto Duecitânia, unidade hoteleira de inspiração Romana situado na antiga fábrica de papel, na Ponte do Espinhal, empreitada a correr há nove meses. Vai ter spa, mini-golfe e parque de campismo, que vai nascer numa área complementar.