“Não acabei com seniores por respeito aos miúdos”

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“É inacreditável o que passou no domingo”, diz Jorge Alexandre. A partida para a Taça de Portugal bem pode ter sido a “gota de água”, num copo que há muito estava à beira de transbordar e o presidente do Tourizense fala mesmo em vontade de acabar com o futebol sénior.

A fonte de toda a revolta é João Roque, árbitro de Portalegre, designado para apitar a partida da Taça, frente ao Reguengos de Monsaraz… do vizinho concelho de Évora. “A federação não pode escolher árbitros de tão perto”, lamenta o dirigente, que se queixou, ao DIÁRIO AS BEIRAS, de perseguição desde o início da partida: “Ele vinha ameaçando os jogadores”.

O jogo tornou-se em “caso” nos últimos minutos, quando João Roque expulsou Tomané com segundo cartão amarelo (80’) por alegadamente “queimar” tempo – quando o Tourizense já vencia com golo de Diogo Ribeiro (77’) – e, já nos descontos (98’+), mostrou vermelho directo ao guardião Guerra, pela mesma razão. “Alguma vez se viu expulsar um jogador com vermelho directo por queimar tempo? Ainda por cima, quando tinha dado cinco e já íamos com oito minutos de prolongamento”, diz… e o jogo teve 10.

Quis acabar com equipa logo no final da partida

“Só não acabei ontem [domingo] com a equipa porque estes miúdos não merecem e não iam arranjar clube para jogar”, acrescenta Jorge Alexandre. Mas o dirigente avisa que, “se isto continuar, comigo, o futebol sénior não volta a ser inscrito para o ano”. “É revoltante ver miúdos de 19 anos a chorar e a dizer que mais vale deixar de jogar”, confessa.

Jorge Alexandre diz ter perdido “a vontade de ir aos jogos” e vai mais além: “Todos os anos tem sido isto. Passei pela Académica um ano e houve algumas decisões erradas durante uma época inteira, mas aqui é demais! Ao fim da época, são mais de 100 decisões duvidosas…”. O que “eles” querem, diz Alexandre, “é que as equipas acabem”.

O dirigente fala em perseguição, também pela ligação aos dragões. “Pensam que, ao atacarem-nos, também atacam o FC Porto, mas eles querem lá saber disso… Deviam era ter mais respeito por um clube que tem formado muitos jogadores para a Liga e que tem, nesta altura, mais de 10 jovens internacionais”, frisa.

Até os adeptos locais, diz Jorge Alexandre, “diziam que a arbitragem eram uma vergonha”. Para o presidente, “são árbitros como estes que mancham o trabalho dos outros, porque há bons árbitros na 2.ª Divisão”. Agora, Alexandre afasta queixa contra o árbitro, “porque eles mandam mais do que os juizes”, mas diz que vai expor a situação à Associação de Futebol de Coimbra. “Eles é que nos deviam defender, porque há quatro anos que deviam ter uma equipa da Liga de Honra e não têm”, conclui.

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