IURD abandona Gira.Solum

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Anunciado em Dezembro de 2008 como o maior Centro de Ajuda Espiritual da região Centro, com uma lotação de 350 lugares (embora logo na primeira sessão tenha recebido meio milhar de pessoas), a IURD instalada na sala do antigo cinema do centro comercial Gira.Solum fechou no início deste mês.

Mesmo assim, a igreja cristã protestante fundada no Brasil pelo bispo Edir Macedo em 1977 continua presente em Coimbra, nas instalações da rua da Sota, na baixa da cidade, onde surgiu inicialmente. Embora o espaço não seja mais que uma sala exígua, tem um custo de funcionamento muito inferior a sala do Gira.Solum e consegue dar resposta à procura de fiéis da cidade.

Rescisão do arrendamento em final de Julho

O proprietário das instalações onde funcionou até Julho último o Centro de Ajuda Espiritual no Gira.Solum, João Baptista de Almeida, explica que a rescisão de contrato partiu da IURD, que cumpriu o prazo exigido por lei.

O empresário lamenta que a IURD tenha abandonado as instalações, até porque “conseguiu atrair mais pessoas ao Gira.Solum durante os 20 meses em que ocupou o espaço”. Agora “estão a ser encetados uma série de contactos”, explica João Baptista de Almeida, de forma a encontrar um destino para aquelas instalações, que são a principal âncora de um centro comercial com 30 anos que existência, vítima de desertificação acentuada.

Um filme já visto

Não voltará a ser cinema, reconhece o empresário, perante a concorrência forte na cidade de salas de exibição. Poderá ser um outro local de culto ou uma loja de grandes dimensões, que é muito maior do que as restantes do Gira.Solum, muito pequenas, factor que limita os esforços de revitalização do centro comercial, sufocado pela existência do vizinho Dolce Vita.

João Baptista de Almeida defende que deve haver um redimensionamento dos espaços comerciais existentes, condição sine qua non para dar resposta às novas exigencias do consumo.

Para o proprietário das instalações agora devolutas, foi pena ter-se perdido a oportunidade de instalar nos dois pisos superiores do edifício uma Unidade de Saúde Familiar, proposta apresentada pela própria Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) em 2007, com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra. Na altura, as dificuldades em encontrar consenso entre todos os comerciantes/condóminos inviabilizou o projecto que poderia ter sido a salvação de toda a infra-estrutura.

Assim que o processo negocial falhou, foi a IURD que avançou com o arrendamento do espaço, ao mesmo tempo que diversas lojas dos andares superiores iam encerrando as suas portas.

A aposta da IURD representou um investimento de cerca de 83 mil euros, aplicados na adaptação das instalações a espaço de culto. O DIÁRIO AS BEIRAS tentou contactar ontem o relação públicas da IURD em Portugal, José Branco, que se mostrou indisponível para prestar declarações.

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