EDP soma 130 mil euros de prejuízo em roubos

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No primeiro semestre deste ano, o furto de cobre e condutores levou a um prejuízo de 130 mil euros.

Os números são da Direcção de Rede e Equipamentos do Mondego da EDP que abrange 69 concelhos dos distritos de Coimbra, Viseu, Guarda e Castelo Branco. Para o responsável João Paulo Gouveia, mais de metade do valor resulta do furto de activos – cabos eléctricos de baixa tensão de cobre, de média tensão de alumínio e condutores –, com o restante a ser usado para pagar a respectiva reparação. “A este valor há que acrescentar a energia não fornecida, já que essa é difícil de contabilizar, e os transtornos que a situação provoca nos nossos clientes”, disse.

O fenómeno tem vindo a crescer, sendo o distrito de Castelo Branco onde o valor do roubo ascendeu a valores como 26 mil euros, com a Guarda (21 mil) e Viseu (17.500) a não deixarem os dois dígitos. Quanto aos 11 concelhos abrangidos no distrito de Coimbra, o prejuízo não ultrapassa os dois mil euros. “Tem o menor valor de material furtado e os custos de reparação mais baixos”, afirmou João Paulo Gouveia.

Para além do fenómeno estar a crescer, o que se traduz em consequências na economia de cada uma das regiões, o responsável considera que o furto traduz-se também “em perigo de vida por parte de quem, sem estar preparado, se dedica a este tipo de ilícito”. Aliás, o furto já não se resume apenas ao simples cabo eléctrico de cobre ou alumínio (este em muito menor número). Há mesmo quem se aventure nos postes de média tensão e ainda ao assalto aos postos de transformação da EDP “onde, quem não estiver menos preparado, corre o risco de ali perder a vida”.

João Paulo Gouveia salientou que as forças policiais têm estado atentas à situação, tendo a sua acção já resultado à recente detenção de dois homens na zona da Guarda que se dedicavam a este ilícito. Mas o que é certo é que quem o faz está perfeitamente ciente da velocidade de reacção da EDP e das forças de segurança. Tudo porque sabem da dificuldade que a EDP ou a GNR têm para chegar ao local na primeira hora. Em parte, tal sucede porque, embora os cortes na rede sejam logo detectados, a conclusão de que se trata de furto é mais demorada.

Refira-se que o furto de cabos eléctricos de cobre terá como destino a fundição e a moldagem de lingotes, vendidos na economia clandestina a seis/sete euros por quilo (números de 2009).

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