Conselho de directores vira a Sul

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O novo Conselho das Escolas toma posse amanhã. Em simultâneo, decorre também a eleição do presidente e da mesa. As movimentações são já notórias e bem pode dizer-se que a luta vai ser renhida.

Seis dezenas de directores de escolas ou de agrupamentos de escolas. Um órgão consultivo do Ministério da Educação que, no seu primeiro ciclo de existência, provou ser um novo centro de poder, no universo político-institucional da Educação.

Há três anos, a maioria pendeu para o Norte. Álvaro Almeida Santos, que encabeçava a lista do directores eleitos pelo distrito do Porto, foi a votos e ganhou. Para muitos, foi também uma vitória da estratégia proactiva da fogosa directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira.

Só que, de então para cá, muita coisa mudou. Desde logo, Margarida Moreira saiu e o seu substituto não tem a dinâmica e a iniciativa dela.

Entretanto, Álvaro Santos fica de fora. Ele nem sequer foi a votos, na eleição preliminar. Mas tem um seguidor – Filinto Lima, director do Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos, que assume o seu legado e não desdenharia suceder-lhe.

O problema é que, do Norte, em geral, e do Porto, em particular, muitos mais candidaturas poderão surgir.

Em concreto e tal como o DIÁRIO AS BEIRAS já adiantou, o director do Agrupamento de Escolas Dr. Vieira de Carvalho, da Maia, José Octávio Soares Mesquita, tem já a sua equipa constituída, com uma colega do distrito de Aveiro e outro da Grande Lisboa. Para além disso, há quem não duvide que o “regressado” José Eduardo Lemos de Sousa (da Escola Secundária ES/3 Eça de Queirós) também quer ir a votos. Este docente, recorde-se, já fora eleito em 2007, mas demitiu-se, a meio, por divergências com a linha de Almeida Santos.

Por fim e ainda do Norte, há que ter em conta a forte candidatura que, seguramente, Pedro Araújo (ES/3 Felgueiras) vai protagonizar. O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares – e não vice-presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, como o DIÁRIO AS BEIRAS, erradamente, escreveu – tem vindo a firmar alianças, nomeadamente ao Centro (em Coimbra, por exemplo, deverá contar com o apoio de Maria do Rosário Gama).

Mas a grande luta vai chegar, mesmo, de Lisboa, onde o director regional da DRELVT, José Courinha Leitão, parece apostado em ganhar, para si e para a sua área de influência, o protagonismo que o Norte conquistou no mandato anterior. Resta saber se, nesta estratégia, “cabe” a ambição de Manuel Castilho Esperança, que, há três anos, concorreu e perdeu.

No que respeita ao Centro, parece consensual que as persistentes referências a Rosário Gama, como potencial candidata, funcionaram como factor de desgaste para a directora da ES/3 D. Maria. Para além dela, também os eleitos Fernando Bexiga, de Viseu, e Anabela Grácio, de Constância (Santarém) poderão vir a ter importância na correlação de forças.

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