Na Secundária Avelar Brotero, quase ninguém sabe. Por isso, às 15H30, a proibição de sair do recinto da escola (em obras) gera alguma confusão. E até protestos. Mas depressa se percebe que está para acontecer um simulacro.
A ideia de testar a “resposta” a uma ameaça de bomba partiu de um grupo de alunos do 12.º ano, no âmbito da área de projecto. O exercício é, curiosamente, inédito na escola – onde têm decorrido outros simulacros, mas de natureza diferente, como os de incêndio. O “guião” tem a particularidade de a bomba ser real e ter sidodeixada dentro de um caixote, encostado a uma parede do novo recinto coberto para a prática desportiva.
A boa articulação com a direcção da escola e a PSP permite a intervenção de duas unidades especiais da polícia – ambas instaladas na Figueira da Foz… embora a reestruturação em curso, na PSP, vá levar a que deixem de estar adstritas ao Comando de Coimbra.
A primeira unidade a chegar é a de detecção de engenhos explosivos. É constituída por um cão – Satan, um pastor belga malinois de sete anos – especialmente treinado e dois especialistas. Depois, actua a unidade de inactivação. Um dos operacionais, com um fato blindado de 50 quilos, “aponta” o engenho e provoca a explosão. Antes, já alunos e professores tinham sido convenientemente afastados.
No final, António Andrade, adjunto da direcção da escola e responsável pela segurança, fez um balanço “muito positivo” da acção.